Curadoria de Alexandre Melo
Artistas:
Ricardo Angélico | Jessica Backhaus | José Bechara | Daniel Blaufuks | Marguerite Bornhauser | Carla Cabanas | Manuel Caeiro | José Maçãs de Carvalho | Susana Gaudêncio | Catarina Leitão | Mónica de Miranda | Noé Sendas | Pires Vieira
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David de Almeida | Justino Alves | Alexandra do Carmo | Emerenciano | Rui Filipe | João Maria Gusmão | Saskia Moro | José Lourenço | Pedro Paiva | Guilherme Parente | Ana Luísa Ribeiro | Paulo Neves | Marília Torres | Eurico Lino do Vale | João Vieira
Comissariada por Alexandre Melo
Parabéns a Carlos Carvalho que abriu as portas da sua galeria, sob o nome Ara, a 13 de Junho de 1988, e desde 2005 com o seu próprio nome no espaço redesenhado por Aires Mateus, na Rua Joly Braga Santos, em Lisboa.
Uma galeria é uma casa com porta aberta para a rua. Os artistas convidados fazem dela a sua casa pelo tempo de uma exposição, onde recebem quem queira entrar. Uma casa de artistas. O visitante levará consigo a memória do que viu e sentiu ser a atmosfera da casa do artista que ali se expõe. Entre as ruas e as casas dos sentimentos e pensamentos de cada um de nós - artista ou não - se vive a vida da arte.
Comemoração de um aniversário, esta exposição reúne 13 dos artistas hoje representados pela galeria. Mais 15 convocados em breve digressão histórica.
A articulação com a arquitetura do espaço foi um dos critérios de escolha das obras e muitas delas põem em jogo relações entre espaços: individuais e coletivos, interiores e exteriores, públicos e privados, locais e globais. Num momento em que a relação entre a arte e o que no mundo a rodeia está na ordem do dia o que se passa nas ruas tem ecos muito vivos nos movimentos do mundo da arte.
Por isso evocamos uma frase retirada de um poema de Carlos Frias de Carvalho – o galerista também é poeta reconhecido – “a casa era a rua que dava para o largo onde a festa acontecia”*.
Votos de uma Boa Festa.
Alexandre Melo
*in “festa da casa”, dedicado a José Bechara, do livro “combustão”, Glaciar, 2022.





Ricardo Angélico
Questionando o princípio de catalogação, sistematização, documentação e interpretação como meios de conhecimento científico do mundo, Ricardo Angélico (Huambo, Angola, 1973) constrói o espaço da obra através da multiplicação de pequenos fragmentos narrativos desconexos, ou cuja conexão não é entendida abertamente. Entre as exposições realizadas destacam-se "Play" e "The Aronburg Mystery", Carlos Carvalho Arte Contemporânea, "O Desenho Dito", Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, Almada, Portugal, "À volta do papel", Centro de Arte Manuel de Brito, Algés, Portugal, "100 artistas, Acervo. Artistas Portugueses en la Colección Navacerrada, Centro de Arte Alcobendas", Alcobendas, Espanha. Está representado em diversas colecções como a Culturgest, Lisboa, Portugal, Fundação PLMJ, Lisboa, Portugal, Centro de Arte Manuel de Brito, Algés, Portugal, Colecção Navacerrada, Alcobendas, Espanha, Ayuntamiento de Pamplona, Pamplona, Espanha.

Chimborazo, 2018-2019
Acrílico e tinta de desenho s/ tela
183 x 145 cm
Jessica Backhaus
Jessica Backhaus nasceu em Cuxhaven, na Alemanha em 1970 e cresceu numa família artística. A artista é considerada uma das vozes mais proeminentes da fotografia contemporânea alemã de hoje. O seu trabalho foi mostrado em inúmeras exposições individuais e coletivas, incluindo as da National Portrait Gallery, Londres, da Martin-Gropius-Bau, Berlim e da Kunsthalle Erfurt. Até à data, a artista conta com oito publicações sobre o seu trabalho: Jesus and the Cherries, 2005, What Still Remains, 2008, One Day in November, 2008, I Wanted to See the World, 2010, ONE DAY- 10 photographers, 2010, Once, still and forever, 2012, Six degrees of freedom, 2015 and A TRILOGY, 2017, todas publicadas pela Kehrer Verlag, Heidelberg / Berlim. O seu trabalho está apresentado no livro: Women Photographers de Boris Friedewald (Prestel Verlag 2014). As obras de Jessica Backhaus estão em várias coleções de arte de referência incluindo as da Coleção de Arte Deutsche Börse, Alemanha, da Colecção de Arte ING, Bélgica, da Coleção do Museu de Belas Artes, Houston, EUA e da Coleção Margulies, Miami, EUA.

Cut Out series, 2020-2022
Impressão com Tinta Pigmentada em Papel de Arquivo
112 x 75 cm

Cut Out series, 2020-2022
Impressão com Tinta Pigmentada em Papel de Arquivo
112 x 75 cm

Cut Out series, 2020-2022
Impressão com Tinta Pigmentada em Papel de Arquivo
112 x 75 cm

Cut Out series, 2020-2022
Impressão com Tinta Pigmentada em Papel de Arquivo
112 x 75 cm

Cut Out series, 2020-2022
Impressão com Tinta Pigmentada em Papel de Arquivo
112 x 75 cm
José Bechara
José Bechara trabalha sobre um amplo campo de pesquisa sobre o espaço, volumetria, superfície, composição mostrando o resultado através de séries de trabalho recorrendo à pintura, desenho, escultura, fotografia e instalação. O artista reutiliza muitas vezes lonas de camião, manipula óxidos de carbono, cobre e aço para produzir dípticos, trípticos ou polípticos com diferentes intensidades explorando cores, linhas e padrões.
O artista mostrou os seus trabalhos em exposições individuais e colectivas em várias instituições tais como: Fundação Eva Klabin, Brasil, Culturgest, Portugal, MEIAC, Espanha, Instituto Valenciano de Arte Moderna, Espanha, MAM Rio de Janeiro, Brasil, Instituto Tomie Ohtake, Brasil, Ludwig Museum, Alemanha, Haus der Kulturen der Welt, Alemanha, Ludwig Forum Fur Intl Kunst, Alemanha, e Fundação Calouste Gulbenkian, Portugal, entre outros. Está representado em diversas colecções como MAM RJ, Colecção Gilberto Chateaubriand, Brasil, Centre Pompidou, França, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil ou o Ludwig Museum (Koblenz), Alemanha.

Casa Amorosa, 2008
Formica e PVC s/ MDF
Dimensões variáveis

Duas Cabeças com Ferro, 2007
Oxidação em MDF
dimensões variáveis

Casa Amorosa, 2008
Formica e PVC s/ MDF
Dimensões variáveis
Daniel Blaufuks
Daniel Blaufuks utiliza no seu trabalho a fotografia e o vídeo, apresentando o resultado através de livros, instalações e filmes. Os seus temas de predilecção são a ligação entre o tempo e o espaço e a representação da memória privada e pública. O artista apresentou o seu trabalho em Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Itália, México, EUA e Brasil. Está representado em diversas colecções como a Byrd Hoffman Foundation, Nova Iorque, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Centro Galego de Arte Contemporânea, Santiago de Compostela, Novo Banco Photo, Lisboa, MEIAC, Badajoz, Berardo Collection, Lisboa, Palazzo delle Papesse, Siena, Sagamore Art, Miami, The Progressive Collection, Ohio. Entre vários prémios recebidos, o artistas foi nomeado para o Deutsche Börse Photography Prize (2007, 2015), finalista para o Prémio Pilar Citoller Award, 2007 e o European Photography Award, 1996. Em 2007 ganhou o BES Photo Award, em 1990 o Kodak National Award e em 2016 o prémio AICA - Associação Internacional de Críticos de Arte.


Untitled, série Hiato, 2005
C-print, 160 x 90 cm

Susana Gaudêncio
Susana Gaudêncio vive e trabalha no Porto. Licenciada em Pintura pela FBAUL. Mestre em Belas Artes no Hunter College-City University of New York, como bolseira da FCG e FLAD. Doutorada pela FBAUL com o apoio da FCT. Investiga sobre o tema Máquinas de Imaginar: O Impulso Utópico na Arte Contemporânea. É membro dos colectivos Pessoa Colectiva com Mafalda Santos e do Círculo das Leitoras Peripatéticas com Susana Pomba e Sofia Gonçalves. Exposições individuais e colectivas: Centro de Artes Visuais, Coimbra (2004); ISE Foundation, Nova Iorque (2009); Museu da Electricidade (2009, 2014); Museu Gulbenkian (2010, 2016); Museu do Chiado, Lisboa (2012); SESC Pinheiros, São Paulo (2015); Galerie der Kunstler, Munique (2016); Centro de Artes de Sines e Centro Cutural Emmerico Nunes, Sines (2017), Museu do Neo-realismo (2018). Publicou, entre outros, o livro Época de estranheza em frente ao mundo (2012, DOIS DIAS ed.); Luz Perpétua (2014, Fundação EDP); Itinerário Histórico do 25 de Abril (2016, Parsifal ed.); Estação Vernadsky (2017, DOIS DIAS ed.); Páginas Inquietas. Sobre Documentos Insubmissos (2019, DOIS DIAS ed.). Coordenou o projecto de Residência Artística e Exposição Estação Vernadsky , com Soraya Vasconcelos. Comissariou, como Pessoa Colectiva (Mafalda Santos & Susana Gaudêncio) a exposição O Princípio da Inércia no Pavilhão Branco, Lisboa (2012); com Ana João Romana, a exposição Viagens de livros. O livro de artista nos 25 anos da ESAD.CR, MiMO, Leiria (2015), e com Mário Moura a exposição Páginas Inquietas. Sobre Documentos Insubmissos, Espaço Mira, Porto (2016). É professora na ESAD das Caldas da Rainha (IPL) onde lecciona no Departamento de Artes Plásticas. Está representada em colecções nacionais como a Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação EDP, Fundação PLMJ, entre outras.

O trabalho de Susana Gaudêncio está normalmente envolvido numa prática de investigação e numa abordagem combinada de suportes artísticos tais como desenhos, animações em vídeo, gravuras, livros ou publicações apresentados num contexto de instalação. Os seus projetos pensam sobre a relação entre o legado histórico de conceitos como: o impulso utópico, a utopia, a distopia, a heterotopia, a estranheza, o nomadismo e a produção artística como uma plataforma para encontrar novas possibilidades de questionamento da utopia enquanto dispositivo crítico eminentemente político.





Marguerite Bornhauser
A artista vive e trabalha em Paris, França. Estudou na École Nationale Supérieure de la Photographie em Arles (2015) depois de uma incursão no jornalismo e na literatura na Universidade de Sorbonne em Paris. O seu trabalho foi mostrado na Maison Européenne de la Photographie Paris, na Paris Photo em 2019, nas ruas de Cincinnati ,enquadrado no Cincinnati Art museum, em Arles durante o Festival de Fotografia, em Deauville, no Festival Planche(s) Contact, no MAP de Toulouse, entre outros. O seu primeiro livro “Plastic Colors” foi selecionado entre os 10 finalistas do Mack First Book Award 2015. Os livros “8" de 2018 e “Red Harvest” de 2019 foram ambos publicados pela editora Poursuite.
Marguerite Bornhauser elabora uma forma de escrita visual marcada por cores intensas, formas gráficas e sombras expressivas que estreitam a diferença entre o real e o fictício. A artista expande os detalhes: contornos de plantas, edifícios e corpos humanos em que, isolados e descontextualizados, apontam para o domínio da abstração.

Sem título, série When Black is Burned, 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm
60 x 40 cm

Sem título, série When Black is Burned, 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm
60 x 40 cm

Sem título, série When Black is Burned, 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm
60 x 40 cm

Sem título, série When Black is Burned, 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm
60 x 40 cm

Sem título, série When Black is Burned, 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm
60 x 40 cm

Sem título, série When Black is Burned, 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm
60 x 40 cm
Carla Cabanas
O trabalho de Carla Cabanas (Lisboa, 1979) lida com metodologias para expandir as fronteiras definidas do médium fotográfico, ao mesmo tempo que se debruça sobre as questões da memória colectiva e cultural. A artista tem apresentado o seu trabalho em numerosas exposições individuais e de grupo, incluindo MAAT-Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, Lisboa; Museu Coleção Berardo, Lisboa; Centre D'art Contemporain, Meymac, França; Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, Ribeira Grande, Açores; Aa Collections Gallery, Vienna; Biennale de l’Image Tangible, Paris; Grimmmuseum, Berlim; Museu da Cidade, Lisboa; Fundação Eugénio de Almeida, Évora; Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa; Arquivo Municipal Fotográfico, Lisboa; 7ª Bienal São Tomé e Príncipe; Museu Nacional de Ciência e História Natural, Lisboa; Círculo de Bellas Artes, Madrid e CCCB - Centre de Cultura Contemporània de Barcelona. O seu trabalho recebeu uma Menção Honrosa no Prémio de Fotografia Purificacion Garcia, em 2012, e o terceiro lugar do Prémio de Pintura Ariane de Rothschild, 2005.
O seu trabalho está representado em várias colecções, das quais se destacam: National Gallery of Art Washington, DC; Fundação Luso-Americana; LPS Collection (Stanislas y Leticia Poniatowski), Colección Kells, Santander; Colecção da Fundação PLMJ, Colecção de Arte Novo Banco, Banco Privado Edmond de Rothschild, Colecção LPS; Câmara Municipal de Lisboa e outras colecções privadas.
"Dando continuação às suas investigações sobre os lugares da(s) memória(s) e das imagens fotográficas, em particular dos álbuns de família que encontra ou adquire, na construção das narrativas de identidade, em Seres imaginários, Carla Cabanas usa exclusivamente e, pela primeira vez, fotografias suas e da sua família. No seguimento das metodologias que usou anteriormente, como em I don’t trust myself when I’m sleeping (2018-19) e em I don’t trust myself when I’m sleeping II (2020), uma série conceptualizada num período de residência artística em Berlim, a artista intervém nas imagens fotográficas escondendo partes e acrescentando outras para criar novas personagens e sentidos.
(...)
Na técnica Japonesa de restauro de cerâmica [...] kintsugi [...], juntam-se partes partidas de uma mesma peça com verniz natural Urushi e cobrem-se com ouro as fissuras resultantes da colagem para evidenciar as fissuras e assim valorizar as falhas e as alterações físicas dos objetos, causadas pelo tempo ou por acidentes. Nas imagens de Carla Cabanas, juntam-se elementos para criar personagens, seres e histórias. Neste caso específico, de uma imagem de uma avó, uma mãe e dois filhos / netos, somos transportados para a ideia Lacaniana de estádio do espelho, fase a partir da qual (por volta dos seis meses de idade), a relação com a mãe se modifica, bem como toda a realidade externa. A mãe passa a ser compreendida como um ser distinto, separado de si, independente e fonte de experiências boas e más. Na imagem, mãe(s) e filhos são – novamente - um só, unidos por fissuras e marcas que servem de metáfora visual para a passagem do tempo e para as memórias (re)construídas.
(...)
Através da manipulação do papel fotográfico, Carla Cabanas concentra-se no lado corpóreo das imagens, nos fragmentos dos corpos. O papel é tratado como uma pele, uma superfície sensível que regista as marcas do tempo do mesmo modo que a emulsão fotográfica regista a imagem. Por outras palavras, tal como na técnica Kintsugi, a passagem do tempo é evidenciada e elevada a um lugar de construção com um espaço e um corpo próprios.
N’ O livro dos seres imaginários, de Jorge Luis Borges, uma espécie de bestiário moderno, lemos a descrição de uma grande parte de seres estranhos construídos pela imaginação humana. Uma mistura de referências muito diversas, cada uma das criaturas resulta dos sonhos, desejos e medos da humanidade, bem como as que foram criadas por autores como Franz Kafka, Lewis Carroll, ou Gustave Flaubert. Na exposição-instalação de Carla Cabanas, a manipulação física das fotografias – com as incisões, com o ouro, com as dobras e os vincos – serve para mostrar os abismais espaços que separam uma suposta realidade objetiva da sua representação através de memórias e das imagens que construímos dessas memórias. Seres imaginários não é apenas uma reunião cuidadosa de memórias criadas pela imaginação. A exposição-instalação mostra o quanto a imaginação pode ir longe, como pode sobrepor-se aos factos e criar entidades e lugares novos que trazem um conhecimento único, com o qual jamais nos poderíamos deparar na realidade como (acreditamos que) a conhecemos."
Luísa Santos
Imagens © Bruno Lopes

Seres imaginários - ouro , 2022
Intervenção e folha de ouro sobre impressão jato de tinta
15 x 22,4 cm

Seres imaginários - ouro , 2022
Intervenção e folha de ouro sobre impressão jato de tinta
15 x 22,4 cm

Seres imaginários - ouro , 2022
Intervenção e folha de ouro sobre impressão jato de tinta
15 x 22,4 cm

Seres imaginários - ouro , 2022
Intervenção e folha de ouro sobre impressão jato de tinta
15 x 22,4 cm

Seres imaginários - ouro , 2022
Intervenção e folha de ouro sobre impressão jato de tinta
15 x 22,4 cm

Seres imaginários - ouro , 2022
Intervenção e folha de ouro sobre impressão jato de tinta
15 x 22,4 cm

Seres imaginários - ouro , 2022
Intervenção e folha de ouro sobre impressão jato de tinta
15 x 22,4 cm

Seres imaginários - ouro , 2022
Intervenção e folha de ouro sobre impressão jato de tinta
15 x 22,4 cm
Manuel Caeiro
Para Manuel Caeiro (Évora, Portugal, 1975), a representação do espaço efectua-se a partir de formas que desdobram ritmos e modulações espaciais e pelo entendimento do desenho enquanto veículo de experiência, acção e conceptualização. O efeito de repetição e sobreposição de camadas incorpora um carácter escultórico pela representação do desgaste da superfície. Das suas exposições individuais destacam-se as realizadas no Palácio Vila Flor, Guimarães e na galeria Carlos Carvalho (Backstage of Light, 2013; Welcome to my Loft, 2007). Em relação às suas exposições colectivas poderemos referir "A Casa Ocupada" (Casa da Cerca, 2014), "La Colección" (Fundación Barrié, A Coruña, 2010; 2011), "Terceira Metade" com curadoria de Marta Mestre e Luiz Camillo Osório (MAM, Rio de Janeiro, 2011), "Fiat Lux – Iluminación y Creación" com curadoria de Paulo Reis (MACUF, Coruña, 2010), "Parangolé: Fragmentos desde los 90 en Brasil, Portugal y España" (Patio Herreriano, Valladolid, 2008), "Surrounding Matta-Clark"(Carlos Carvalho, 2008), 2006 e "Building Rooms" (Carlos Carvalho, 2008). Está representado nas colecções da Culturgest, Fundação PLMJ, colecção Manuel de Brito, entre outras.

Cleaning the Attic#2, 2018
Acrílico sobre tela
165 x 135 cm
José Maçãs de Carvalho
José Maçãs de Carvalho (Anadia, Portugal, 1960) é artista, curador e professor universitário
Doutoramento em Arte Contemporânea - Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, em 2014; estudou Literatura nos anos 80 na Universidade de Coimbra e Gestão de Artes nos anos 90, em Macau onde trabalhou e viveu; Professor no Dep. de Arquitetura e no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, onde é Coordenador do Mestrado em Estudos Curatoriais. É curador do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra desde 2020. Foi bolseiro da F.Calouste Gulbenkian, F.Oriente, Instituto Camões, Centro Português de Fotografia e Instituto das Artes/Dgartes, Em 2003 comissaria e projecta as exposições temporárias e permanente do Museu do Vinho da Bairrada, Anadia; em 2005 comissaria “My Own Private Pictures”, na Plataforma Revólver, no âmbito da LisboaPhoto. Nomeado para o prémio BESPhoto 2005 (2006, CCB, Lisboa) e para a “short-list” do prémio de fotografia Pictet Prix, na Suiça, em 2008. Entre 2011 e 2017 realizou várias exposições individuais em torno do tema da sua tese de doutoramento (arquivo e memória): no CAV, Coimbra; Ateliers Concorde, Lisboa e Colégio das Artes, Coimbra; Galeria VPF, Lisboa; Arquivo Municipal de Fotografia, Lisboa, Bienal de Fotografia de VF de Xira, Museu do Chiado e MAAT, Lisboa. Publicou o livro “Unpacking: a desire for the archive” pela Stolen Books, em 2014. Em 2015 foi publicado um livro de fotografias suas, “Partir por todos os dias”, na Editora Amieira. Já em 2016 participa no livro “Asprela”, fotografia sobre o campus universitário do Porto, editado pela Scopio Editions e Esmae/IPP. Em 2017 publica o livro “Arquivo e Intervalo”, edição Stolen Books/Colégio das Artes-Universidade de Coimbra e MAAT, com colaborações de Pedro Pousada, José Bragança de Miranda, Adelaide Ginga e Ana Rito. Representado em diversas coleções públicas e privadas.

100x150 cm

Catarina Leitão
Catarina Leitão (Estugarda, 1970) é uma artista cuja obra é estruturada em torno do desenho, a escultura, a instalação e o livro. A artista tem exposto o seu trabalho em locais como a Galeria Carlos Carvalho, P.S.1/MoMA, Aldrich Museum, Connecticut, Socrates Sculpture Park, Wavehill, Glyndor Gallery and Grounds, Andrea Rosen Gallery, Michael Steinberg, Galeria Pedro Cera e Bronx Museum entre outros espaços. Conta com exposições individuais na colecção Berardo e no Museu Calouste Gulbenkian. Entre prémios e residências destacam-se The New York Foundation for the Arts Fellowship, 2009, Center for Book Arts, 2007, Triangle Arts, 2006, Sharpe Foundation, 2004, Lower Manhattan Cultural Council, 2003, Pollock-Krasner Foundation Grant, 2001, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Luso-Americana, 1997-1999. Leitão tem um mestrado pelo Hunter College (2000), e concluiu o curso de Pintura na FBAUL (1993).


180 x 53 x 20 cm

180 x 53 x 20 cm
Mónica de Miranda
O trabalho de Mónica de Miranda (Porto, 1976) está situado à volta dos temas da arqueologia urbana e geografias pessoais apresentado-o de forma interdisciplinar utilizado o desenho, a instalação, a fotografia, o cinema, o vídeo e som, em forma expandida, procurando diluir as fronteiras entre ficção e documentário.
A artista começou a expor em 2004, tendo integrado logo dois anos depois a colectiva "O Estado do Mundo” na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. A presença nos Encontros Fotográficos de Bamako (2015) e na Bienal de Arquitectura de Veneza (2014), Bienal de Dakar (2016) projectaram a artista para um plano de maior visibilidade internacional. A artista será a representação oficial de Portugal na Bienal de Veneza de 2024.
Mostrou o seu trabalho em diversas exposições tais como as realizadas na Barbican Art Gallery, Londres, 2023, Encontros Fotográficos de Bamako, Mali, 2023, Oratorio di San Ludovico, Veneza, 2022, Bienal de Berlin, 2022, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, 2015, Galeria Carlos Carvalho, Lisboa, 2014, Museu Pera, Istambul, 2017, Caixa Cultural, Rio de Janeiro, Galerie des Galeries, Paris, 2017, Addis Foto Fest (Addis Abeba, 2016), Bienal de São Tomé e Príncipe , 2013, Centro Cultural Português, Mindelo, 2012, Museu de Belas Artes de Calais, 2011, Galeria Mojo, Dubai, 2010, Centro Cultural de Lagos, Lagos, 2008, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2008, e Singapura Fringe Festival, 2007.
Foi nomeada para o Prémio EDP Novos Artistas (2019), o Prémio Novo Banco (2016) e para o Prix Pictet Photo Award (2016). Está nas colecções do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, do Museu de Arte Arquitectura e Tecnologia (MAAT), da Fundação Calouste Gulbenkian, do 21c Museum Hotels, Soho House, Colección Alma Colectiva, Guadalajara, México, Nesr Foundation, Luanda, Angola e PLMJ, Lisboa, Portugal, entre outras.

Noé Sendas
Noé Sendas (Bruxelas, Bélgica, 1972), vive e trabalha em Berlim, Madrid e Lisboa. Sendas começou a apresentar seu trabalho no final dos anos noventa. Referências explícitas e implícitas a artistas e criações literárias, cinematográficas ou musicais fazem parte da sua matéria-prima. Preocupações específicas sobre a reflexão e a prática das artes visuais também podem ser agregadas ao seu repertório. São elas: o corpo, como entidade simultaneamente teórica e material; os mecanismos de percepção do observador; ou o potencial discursivo dos métodos expositivos.
O seu trabalho tem sido apresentado em inúmeras exposições individuais e colectivas, incluindo o CAV Centro de Artes Visuais, Coimbra, PT; Contretype - Centre d’art contemporain pour la Photographie, Bruxelas, Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, PT, Galeria Municipal do Porto, Porto, PT; Multimedia Art Museum (MAMM), Moscovo, Museu MAAT, Lisboa; Kunstraum Botschaft, Berlim, Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa; MEIAC Museu Extremeno e Iberoamericano de Arte Contemporânea, Badajoz; Fundação C/O Berlim, Berlim; MNAC Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado, Lisboa, DesignhausDarmstadt, Darmstadt, Ale; VAC-Visual Arts Center, University of Texas, Texas, EUA; Patio de la Infanta - Ibercaja, Zaragoza, Esp; Goethe-Institut / Instituto Cervantes, Estocolmo; TENT, Rotterdam, Hol; CAHO-Centro de Artes Helio Oiticica, Rio de Janeiro, BR; Museu de Arte Contemporânea Gas Natural Fenosa, La Coruña, Esp, Museu Fundación ICO, Madrid. Esp; Kunstmuseum Bonn,Ale; Akademie der Kunst, Berlim (a.o.)
Está representado em inúmeras coleções nas Américas do Norte e Sul e Europa, entre elas, a Coleção da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Coleção Fundação EDP, Lisboa; Coleção Contretype Centre d`Art Contemporain pour la Photographie, Bruxelas; Coleção Fundação CAV, Coimbra, PT; Coleção de Arte Caixa Geral de Depósitos, Lisboa; Acervo Museu MEIAC, Badajoz, SP; MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil; Coleção Susanne von Meiss, SW; Charlotte Olympia, Londres; Coleção de Arte NOVO BANCO, Lisboa; Coleção DGARTES Instituto das Artes, PT.

Lápis de cor Polychromos e tintas offset sobre papel

This is You, 2023
Lápis de cor Polychromos e tintas offset sobre papel
83 x 63 cm

This is You, 2023
Lápis de cor Polychromos e tintas offset sobre papel
83 x 63 cm

This is You, 2023
Lápis de cor Polychromos e tintas offset sobre papel
83 x 63 cm

This is You, 2023
Lápis de cor Polychromos e tintas offset sobre papel
83 x 63 cm

This is You, 2023
Lápis de cor Polychromos e tintas offset sobre papel
83 x 63 cm
Pires Vieira
Pires Vieira (Porto, 1950) estudou na Escola Nacional de Belas Artes de Paris e na Universidade de Paris VIII, no início dos anos 70 e vive e trabalha no Estoril.
Expôs individualmente em cerca de 45 ocasiões e participou em cerca de 75 exposições colectivas.
De entre as suas individuais destacam-se a Pires Vieira Antológica, 'da pintura à pintura, no MNAC/Chiado e na Fundação Carmona e Costa; 'Faites vos jeux, Rien va Plus' na Sala do Veado no MNHN; 'Like a Painting - Up Close... It is a Big Mess', na Appleton Square, em Lisboa; Pires Vieira, no Pavilhão Branco do Museo da Cidade; 'Talk to Me', no CAM-Fundação Calouste Gulbenkian, 'Geometrias' na Fundação(Museu das Comunicações.
Das colectivas em que participou, sobressaem: 'Histórias: Obras da Colecção de Serralves', Museu de Serralves; 'Exposição Permanente (1969/2010), Museu Berardo,CCB; 'Um Percurso, Dois Sentidos', no MNAC/CHiado; 'Linguagem e Experiência', no Centro Cultural Palácio do Egipto, no Museu Grão Vasco e no Museu de Aveiro; 'Alternativa Zero', na Galeria Nacional de Arte Modenar, organizada por Ernesto de Sousa.
Para além da sua actividade como artista plástico, colabora na produção editorial de várias obras ligadas ao coleccionismo de arte contemporânea e comissariou, em co-autoria com Lúcia Marques, a exposição 'Outras Zonas de Contacto' no Pavilhão Preto do Museu da Cidade e na Fundação Carmona e Costa. Está representado em inúmeras colecções como: CAM-Fundação Calouste Gulbenkian, MNAC/Chiado, Culturgest/CGD, Colecção/Museu Berardo, Fundação/Museu de Serralves.
