Susana Gaudêncio vive e trabalha no Porto. Licenciada em Pintura pela FBAUL. Mestre em Belas Artes no Hunter College-City University of New York, como bolseira da FCG e FLAD. Doutorada pela FBAUL com o apoio da FCT. Investiga sobre o tema Máquinas de Imaginar: O Impulso Utópico na Arte Contemporânea. É membro dos colectivos Pessoa Colectiva com Mafalda Santos e do Círculo das Leitoras Peripatéticas com Susana Pomba e Sofia Gonçalves. Exposições individuais e colectivas: Centro de Artes Visuais, Coimbra (2004); ISE Foundation, Nova Iorque (2009); Museu da Electricidade (2009, 2014); Museu Gulbenkian (2010, 2016); Museu do Chiado, Lisboa (2012); SESC Pinheiros, São Paulo (2015); Galerie der Kunstler, Munique (2016); Centro de Artes de Sines e Centro Cutural Emmerico Nunes, Sines (2017), Museu do Neo-realismo (2018). Publicou, entre outros, o livro Época de estranheza em frente ao mundo (2012, DOIS DIAS ed.); Luz Perpétua (2014, Fundação EDP); Itinerário Histórico do 25 de Abril (2016, Parsifal ed.); Estação Vernadsky (2017, DOIS DIAS ed.); Páginas Inquietas. Sobre Documentos Insubmissos (2019, DOIS DIAS ed.). Coordenou o projecto de Residência Artística e Exposição Estação Vernadsky , com Soraya Vasconcelos. Comissariou, como Pessoa Colectiva (Mafalda Santos & Susana Gaudêncio) a exposição O Princípio da Inércia no Pavilhão Branco, Lisboa (2012); com Ana João Romana, a exposição Viagens de livros. O livro de artista nos 25 anos da ESAD.CR, MiMO, Leiria (2015), e com Mário Moura a exposição Páginas Inquietas. Sobre Documentos Insubmissos, Espaço Mira, Porto (2016). É professora na ESAD das Caldas da Rainha (IPL) onde lecciona no Departamento de Artes Plásticas. Está representada em colecções nacionais como a Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação EDP, Fundação PLMJ, entre outras.
O trabalho de Susana Gaudêncio está normalmente envolvido numa prática de investigação e numa abordagem combinada de suportes artísticos tais como desenhos, animações em vídeo, gravuras, livros ou publicações apresentados num contexto de instalação. Os seus projetos pensam sobre a relação entre o legado histórico de conceitos como: o impulso utópico, a utopia, a distopia, a heterotopia, a estranheza, o nomadismo e a produção artística como uma plataforma para encontrar novas possibilidades de questionamento da utopia enquanto dispositivo crítico eminentemente político.