25 - 29 Outubro 2023
CARLOS CARVALHO ARTE CONTEMPORÂNEA
Stand: 7
SNBA - Sociedade Nacional de Belas Artes
R. Barata Salgueiro 36, Lisboa
Qua 25 16h-22h
Qui 26 Sex 27 14h - 21h
Sáb 28 11h-21h
Dom 29 11h-18h
Catarina Leitão
Catarina Leitão é uma artista cuja obra é estruturada em torno do desenho, a escultura, a instalação e o livro. Processos de construção, de adaptabilidade e de hibridismo integram uma prática através da qual Catarina propõe a ideia de que humano e natureza, artifício e natureza, cultura e natureza existem em continuidade. Entre o bidimensional e o tridimensional, o artificial e o natural, o montar e desmontar, a sua visão espacial sustém uma linguagem da escultura com recurso à instalação, desenho e ilustração. Leitão expõe regularmente desde 1992. Entre prémios e residências destacam-se The New York Foundation for the Arts Fellowship, 2009, Center for Book Arts, 2007, Triangle Arts, 2006, Sharpe Foundation, 2004, Lower Manhattan Cultural Council, 2003, Pollock-Krasner Foundation Grant, 2001, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Luso-Americana, entre 1997 e 2000. Doutorada em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, 2022; terminou o Mestrado na Hunter College City University of New York, em 2000, e a licenciatura em Pintura na FBAUL, Lisboa, em 1993. Leciona na Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha desde 2011 e no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra desde 2024.
"Esta série de desenhos surge de uma prática na qual venho propondo a ideia de que o ser humano e a natureza, o artifício e a natureza, a cultura e a natureza existem em continuidade. Os desenhos representam possíveis anotações; fabulações apresentadas como trabalhos científicos fictícios que observam e assumem formas, ideias e sensações que podemos extrair das dimensões do orgânico, do manufaturado, da geologia e da botânica."
Catarina Leitão
Systema Naturæ é um projecto de instalação e desenho que, partindo de uma investigação no campo da ciência botânica, propõe a adição de elementos ficcionais à lista das espécies conhecidas.
O título refere-se à obra “Systema naturae per regna tria naturae, secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus differentiis, synonymis, locis”, publicada por Lineu em 1735. Neste tratado, o autor estabelece uma classificação hierárquica das espécies e concebe um sistema que divide a natureza em três reinos. O livro constitui o momento inaugural da nomenclatura binominal, o método hoje universalmente aceite na atribuição do nome científico a espécies.
Neste trabalho de pesquisa, Catarina Leitão imagina e desenha espécies botânicas cruzadas com formas mecânicas, vegetais híbridos alusivos à manipulação do natural e a construções artificiais. A partir da recolha de desenhos científicos de várias épocas e de visitas a herbários e jardins botânicos, compõe uma ciência paralela. Uma vez inventadas as novas espécies, meticulosamente desenhadas e conformadas a uma estética didáctica e museológica, procede à sua classificação taxionómica. Esta classificação é desenvolvida com base no estudo de regras de taxonomia vegetal e seguindo sistemas de classificação tradicionais (baseados na morfologia externa das espécies). Nomes em latim existentes que descrevem características de género e de espécie são conjugados com novos termos, traduzidos ou inventados para latim botânico. Na procura de ligações entre as várias denominações e os seus significados, equaciona novos sentidos, contraditórios, absurdos ou irónicos.
Pires Vieira
Pires Vieira (Porto, 1950) estudou na Escola Nacional de Belas Artes de Paris e na Universidade de Paris VIII, no início dos anos 70 e vive e trabalha no Estoril.
Expôs individualmente em cerca de 45 ocasiões e participou em cerca de 75 exposições colectivas.
De entre as suas individuais destacam-se a Pires Vieira Antológica, 'da pintura à pintura, no MNAC/Chiado e na Fundação Carmona e Costa; 'Faites vos jeux, Rien va Plus' na Sala do Veado no MNHN; 'Like a Painting - Up Close... It is a Big Mess', na Appleton Square, em Lisboa; Pires Vieira, no Pavilhão Branco do Museo da Cidade; 'Talk to Me', no CAM-Fundação Calouste Gulbenkian, 'Geometrias' na Fundação(Museu das Comunicações.
Das colectivas em que participou, sobressaem: 'Histórias: Obras da Colecção de Serralves', Museu de Serralves; 'Exposição Permanente (1969/2010), Museu Berardo,CCB; 'Um Percurso, Dois Sentidos', no MNAC/CHiado; 'Linguagem e Experiência', no Centro Cultural Palácio do Egipto, no Museu Grão Vasco e no Museu de Aveiro; 'Alternativa Zero', na Galeria Nacional de Arte Modenar, organizada por Ernesto de Sousa.
Para além da sua actividade como artista plástico, colabora na produção editorial de várias obras ligadas ao coleccionismo de arte contemporânea e comissariou, em co-autoria com Lúcia Marques, a exposição 'Outras Zonas de Contacto' no Pavilhão Preto do Museu da Cidade e na Fundação Carmona e Costa. Está representado em inúmeras colecções como: CAM-Fundação Calouste Gulbenkian, MNAC/Chiado, Culturgest/CGD, Colecção/Museu Berardo, Fundação/Museu de Serralves.
Manuel Vilariño
Manuel Vilariño expõe regularmente desde 1984. Das suas exposições individuais, destacam-se Tectónica, (Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela, 2015), Manuel Vilariño - Fio e Sombra (Centro Galego de Arte Contemporânea, Santiago de Compostela, Espanha, 2002) e Confesión (Instituto Cervantes, França, Toulouse, 2001). Participou em diversas exposições colectivas das quais se destacam GLa Colección (Fundación Barrié. A Coruña, Spain, 2011), A little history of photography (curated by Manuel Segade, CGAC Centro Galego de Arte Contemporáneo . Santiago de Compostela, Spain), Paradiso Spezzato (52ª Bienal de Veneza, Pabellón de Espanha . Venice, Itália), Colección Permanente. Novas Incorporacións (CGAC . Santiago de Compostela, Espanha, 1998), Spanish Arts Festival, (The Photographer’s gallery . Londres, England, 1994), Cuatro direcciones. Fotografía contemporánea española 1970-1990 ( Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía . Madrid, Spain, 1991) and Grotesque, Natural Historical & Formal-dehyde Photography, (Rijksmuseum, Leiden, Holanda, 1989). Está representado no Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid, Museum of Fine Arts, Houston, Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo, Badajoz, Museo de Arte Contemporáneo Unión Fenosa, A Coruña, Fundación Arte y Tecnología, Telefónica, Madrid, Fundación Coca-Cola España, Madrid, Colección Galerie de Phographie Le Château d’Eau, Toulouse, Centre de la Photographie, Genebra, entre outras. Em 2007, Manuel Vilariño foi um dos artistas escolhidos para representar o seu país na Bienal de Veneza tendo recebido também no mesmo ano o Prémio Nacional de Fotografia de Espanha.
Manuel Vilariño une a poesia com a fotografia, demonstrando como ambas são indissociáveis no seu trabalho. As suas paisagens são espaços emocionais; o artista conecta o mundo exterior usando a fotografia como um processo de meditação e a imagem como um diário visual.
Susana Gaudêncio
Susana Gaudêncio vive e trabalha no Porto. Licenciada em Pintura pela FBAUL. Mestre em Belas Artes no Hunter College-City University of New York, como bolseira da FCG e FLAD. Doutorada pela FBAUL com o apoio da FCT. Investiga sobre o tema Máquinas de Imaginar: O Impulso Utópico na Arte Contemporânea. É membro dos colectivos Pessoa Colectiva com Mafalda Santos e do Círculo das Leitoras Peripatéticas com Susana Pomba e Sofia Gonçalves. Exposições individuais e colectivas: Centro de Artes Visuais, Coimbra (2004); ISE Foundation, Nova Iorque (2009); Museu da Electricidade (2009, 2014); Museu Gulbenkian (2010, 2016); Museu do Chiado, Lisboa (2012); SESC Pinheiros, São Paulo (2015); Galerie der Kunstler, Munique (2016); Centro de Artes de Sines e Centro Cutural Emmerico Nunes, Sines (2017), Museu do Neo-realismo (2018). Publicou, entre outros, o livro Época de estranheza em frente ao mundo (2012, DOIS DIAS ed.); Luz Perpétua (2014, Fundação EDP); Itinerário Histórico do 25 de Abril (2016, Parsifal ed.); Estação Vernadsky (2017, DOIS DIAS ed.); Páginas Inquietas. Sobre Documentos Insubmissos (2019, DOIS DIAS ed.). Coordenou o projecto de Residência Artística e Exposição Estação Vernadsky , com Soraya Vasconcelos. Comissariou, como Pessoa Colectiva (Mafalda Santos & Susana Gaudêncio) a exposição O Princípio da Inércia no Pavilhão Branco, Lisboa (2012); com Ana João Romana, a exposição Viagens de livros. O livro de artista nos 25 anos da ESAD.CR, MiMO, Leiria (2015), e com Mário Moura a exposição Páginas Inquietas. Sobre Documentos Insubmissos, Espaço Mira, Porto (2016). É professora na ESAD das Caldas da Rainha (IPL) onde lecciona no Departamento de Artes Plásticas. Está representada em colecções nacionais como a Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação EDP, Fundação PLMJ, entre outras.
O trabalho de Susana Gaudêncio está normalmente envolvido numa prática de investigação e numa abordagem combinada de suportes artísticos tais como desenhos, animações em vídeo, gravuras, livros ou publicações apresentados num contexto de instalação. Os seus projetos pensam sobre a relação entre o legado histórico de conceitos como: o impulso utópico, a utopia, a distopia, a heterotopia, a estranheza, o nomadismo e a produção artística como uma plataforma para encontrar novas possibilidades de questionamento da utopia enquanto dispositivo crítico eminentemente político.