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Marguerite Bornhauser

A artista vive e trabalha em Paris, França. Estudou na École Nationale Supérieure de la Photographie em Arles (2015) depois de uma incursão no jornalismo e na literatura na Universidade de Sorbonne em Paris. O seu trabalho foi mostrado na Maison Européenne de la Photographie Paris, na Paris Photo em 2019, nas ruas de Cincinnati ,enquadrado no Cincinnati Art museum, em Arles durante o Festival de Fotografia, em Deauville, no Festival Planche(s) Contact, no MAP de Toulouse, entre outros. O seu primeiro livro “Plastic Colors” foi selecionado entre os 10 finalistas do Mack First Book Award 2015. Os livros “8" de 2018 e “Red Harvest” de 2019 foram ambos publicados pela editora Poursuite.

Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
60 x 40 cm
Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
60 x 40 cm
Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
60 x 40 cm

"Plastic Colours, Red Harvest, When Black is Burned; até os títulos da série da fotógrafa Marguerite Bornhauser dizem-nos imediatamente o que a preocupa; o que anima sua prática do início ao fim. Mas a cor, para Bornhauser, não é apenas o tema e o foco de seu trabalho, mas mais frequentemente uma forma de perceber, re-ver e retratar o mundo. E o mundo dela é um mundo que, à primeira vista, talvez pareça um pouco diferente do nosso: fragmentos da vida quotidiana, detalhes, rostos e lugares. Mas é a natureza da resposta estética de Bornhauser às coisas que ela vê ao seu redor que a marca como uma das jovens fotógrafas mais importantes que trabalham na França hoje.
A história da fotografia está repleta de alquimistas como Bornhauser, dos quais talvez o primeiro entre iguais seja sempre William Eggleston, e o mais influente, pelo menos recentemente, Wolfgang Tillmans. Ambos os precursores da prática de Bornhauser identificam e enquadram partes do mundo ao seu redor, como só eles o vêem, transformando essas imagens em fotografias de poesia e beleza de tirar o fôlego, muitas vezes através de uma consideração intensamente pessoal pela cor."

Simon Baker, Director, Maison Européene de la Photographie, Paris

 

Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
60 x 40 cm
Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
60 x 40 cm
Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
60 x 40 cm

Marguerite Bornhauser elabora uma forma de escrita visual marcada por cores intensas, formas gráficas e sombras expressivas que estreitam a diferença entre o real e o fictício. A artista expande os detalhes: contornos de plantas, sombras e corpos humanos em que, isolados e descontextualizados, tentam encontrar a abstração na realidade.

A série When Black is Burned foi destacada no The Guardian em Setembro de 2021

 

Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
60 x 40 cm
Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
60 x 40 cm
Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
60 x 40 cm

Os Espacialistas + Gonçalo M. Tavares

Os Espacialistas

Colectivo laboratorial de investigação teórica e prática das ligações entre Arte, Arquitectura e Educação. Substituem o lápis pela máquina fotográfica, enquanto dispositivo de desenho, de pensamento, de percepção e de diagnóstico do espaço natural e construído. Dos trabalhos realizados destacam-se: Exposições, instalações, assistência artística a obras de arquitectura, projectos de arquitectura, espaços cénicos, performances, colaborações literárias, ilustrações fotográficas, oficinas, seminários, publicações, etc.

Gonçalo M. Tavares

Escritor português, é autor de uma vasta obra que está ser traduzida em cerca de sessenta países. A sua linguagem em ruptura com as tradições líricas portuguesas e a subversão dos géneros literários fazem dele um dos mais inovadores escritores europeus da actualidade. Os seus livros deram origem, em diferentes países, a peças de teatro, peças radiofónicas, curtas metragens e objectos de artes plásticas, vídeos de arte, ópera, performances, projectos de arquitectura, teses académicas, etc.

257, 2021
Impressão jacto de tinta, 51,5 x 60 cm

"Atlas do Corpo e da Imaginação em exposição é um título antigo. Por um lado, tem uma reverberação de gabinete de curiosidades, de maravilha do mundo agora finalmente em exposição, isto é, possível de, por todos, ser vista. Por outro lado, o que está em exposição é um Atlas, isto é, uma organização em imagens de um conhecimento indexal e não definitivo, colocado agora sob a forma que melhor lhe convém, a forma expositiva.

Na forma expositiva, a visão das imagens e a leitura dos textos, das legendas ou dos comentários não se faz numa sequência pré-definida, como num livro, mas de forma espacial, o movimento guiado pelo ritmo que as pernas lhe concedem, numa posição completamente anti--natural: o corpo um pouco baixado, o visitante virado para as imagens na parede, todas um pouco baixas demais ou demasiado altas, os óculos para a hipermetropia que focam na parte inferior provocando uma torção do pescoço associada a uma ligeira flexão das pernas e o enrolar das omoplatas. Um atlas e um corpo torcido, dorido e disciplinado, eis a garantia de que o processo proposto de consulta – é esse o termo, médico e inquiridor –, torna o visitante (o utente, vá) num sujeito consciente do seu próprio corpo ou, pelo menos, das suas limitações físicas. Numa imagem ao lado da outra, qual alternativa à sucessão temporal de Stephen Dedalus (mas aqui era o som dos passos no cascalho irlandês), o atlas aparece como Nebeneinander, oposto à sucessão temporal de Nacheinander, uma-coisa-a-seguir-à-outra, lá na meditabunda praia irlandesa. Uma coisa ao lado da outra é uma série de coisas apresentadas na parede para serem uma série-de-coisas.

Um atlas é, então, uma série."

Excerto do texto Fido de Delfim Sardo publicado aqui

257, 2021
Impressão jacto de tinta, 83 x 60 cm
266, 2021
Impressão jacto de tinta , 153 x 110 cm
301, 2021
Impressão jacto de tinta, 95 x 110 cm
301, 2021
Impressão jacto de tinta, 110 x 95 cm
025, 2021
Impressão jacto de tinta, 65,5 x 46,5 cm

"A exposição é, portanto, um dispositivo (quer dizer, um conjunto de procedimentos e materialidades, de hierarquias e histórias, de conexões propostas, clivagens e discursos) que se instaura a partir de um ambiente, de uma atmosfera ou de uma ambiência. Esta ambiência pode, como acontece muitas vezes na arte moderna e contemporânea, definir-se a partir de um modelo de lugar, ou de método, histórico ou ideológico.

A exposição pode ser um laboratório, um atelier, um bordel, uma aula, um drama ou uma epopeia, uma pompa e uma circunstância, um concerto ou uma sessão adolescente de garagem."

Excerto do texto Fido de Delfim Sardo publicado aqui

298, 2021
Impressão jacto de tinta, 85,5 x 60 cm
280, 2021
Impressão jacto de tinta, 85,5 x 60 cm
343, 2021
Impressão jacto de tinta, 156 x 110 cm
368, 2021
Impressão jacto de tinta, 58 x 60 cm
075, 2021
Impressão jacto de tinta, 95 x 110 cm
093, 2021
Impressão jacto de tinta, 58 x 61 cm

Mónica de Miranda

O trabalho de Mónica de Miranda (Porto, 1976) está situado à volta dos temas da arqueologia urbana e geografias pessoais apresentado-o de forma interdisciplinar utilizado o desenho, a instalação, a fotografia, o cinema, o vídeo e som, em forma expandida, procurando diluir as fronteiras entre ficção e documentário.

A artista começou a expor em 2004, tendo integrado logo dois anos depois a colectiva "O Estado do Mundo” na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. A presença nos Encontros Fotográficos de Bamako (2015) e na Bienal de Arquitectura de Veneza (2014), Bienal de Dakar (2016) projectaram a artista para um plano de maior visibilidade internacional. 

Mostrou o seu trabalho em diversas exposições tais como as realizadas no Oratorio di San Ludovico, Veneza, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, 2015, Galeria Carlos Carvalho, Lisboa, 2014, Museu Pera, Istambul, 2017, Caixa Cultural, Rio de Janeiro, Galerie des Galeries, Paris, 2017, Addis Foto Fest (Addis Abeba, 2016), Bienal de São Tomé e Príncipe , 2013, Centro Cultural Português, Mindelo, 2012, Museu de Belas Artes de Calais, 2011, Galeria Mojo, Dubai, 2010, Centro Cultural de Lagos, Lagos, 2008, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2008, e Singapura Fringe Festival, 2007.

Foi nomeada para o Prémio EDP Novos Artistas (2019), o Prémio Novo Banco (2016) e para o Prix Pictet Photo Award (2016). Está nas colecções do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, do Museu de Arte Arquitectura e Tecnologia (MAAT), da Fundação Calouste Gulbenkian, do 21c Museum Hotels, Soho House, Colección Alma Colectiva, Guadalajara, México, Nesr Foundation, Luanda, Angola e PLMJ, Lisboa, Portugal, entre outras.

6 de Maio, 2019
Impressão jacto de tinta sobre papel de algodão, 80 x 240 cm

"A obra de Mónica de Miranda pode ser entendida como um agente que reconecta continuamente os processos artísticos com a condição transitória do espectador. Independentemente dos temas que investiga, ou de reflexões sociopolíticas que amarram à sua própria identidade um sentido real e emocional com o lugar e a história de quem a habita, as obras contêm parte da sua experiência autorreferencial, mas nem sempre autobiográfica, pois não é um testemunho da viagem, mas de alguém que se reconhece na transição e na mudança territorial." João Silvério

 

6 de Maio, 2019
Impressão jacto de tinta sobre papel de algodão, 80 x 240 cm
Reading Circles, 2019
Impressão jacto de tinta sobre papel de algodão, 80 x 240 cm
Reading Circles, 2019
Impressão jacto de tinta sobre papel de algodão, 80 x 240 cm
(detalhe)

 

Para a ARCOLisboa, Mónica de Miranda expõe as narrativas em volta das comunidades em exclusão que vivem nas periferias da cidade. Apresentando os seus habitantes num contexto encenado, a artista desenvolve um sentido de alienação das personagens em contraste com o espaço em que estão inseridos. Além de "Círculo de Leitores" e "6 de Maio", a artista apresentará a escultura "Estrada Militar" e a conjunto de obras "Casa Jordiana" da série "Contos de Lisboa".

Contos de Lisboa faz parte de um acervo documental de imagens de objectos recolhidos em territórios das periferias da cidade de Lisboa e que circundam a antiga Estrada Militar. Este projeto insere-se num reflexão alargada relacionada com os temas de urbanismo, memória e identidade, investigando práticas e teorias relacionadas a espaços, lugares, paisagens e fronteiras ligadas à descolonização. Ondjaki foi um dos autores convidados a ficcionar memórias a partir dos objectos recolhidos de uma casa demolida.

Esta série está actualmente também na exposição Europa Oxalá, patente na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa até dia 22 de Agosto e comissariada por António Pinto Ribeiro, Katia Kameli e Aimé Mpane.

http://postarchive.org/

Military Road, 2019
Corte de laser sobre madeira, pioneses
(Top portion) 90 x 120cm (bottom portion) 20 x 90cm
Sem título, Casa Jordiana, 2019
Impressão em jacto de tinta sobre dibond
30 x 40 cm (cada)
Imagens da exposição OXALÁ (04.03 - 22.08 2022 Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa) Img©Pedro Pina
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