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Outubro 26 - 30 2022

 

CARLOS CARVALHO ARTE CONTEMPORÂNEA
Stand: 7

SNBA - Sociedade Nacional de Belas Artes
R. Barata Salgueiro 36, Lisboa

Qua 26 14:00-22:00 
Qui 27 - Sex 28 14:00-21:00
Sáb 29 11:00-21:00
Dom 30 11:00-18:00

Noé Sendas

Noé Sendas (Bruxelas, Bélgica, 1972), vive e trabalha em Berlim, Madrid e Lisboa. Sendas começou a apresentar seu trabalho no final dos anos noventa. Referências explícitas e implícitas a artistas e criações literárias, cinematográficas ou musicais fazem parte da sua matéria-prima. Preocupações específicas sobre a reflexão e a prática das artes visuais também podem ser agregadas ao seu repertório. São elas: o corpo, como entidade simultaneamente teórica e material; os mecanismos de percepção do observador; ou o potencial discursivo dos métodos expositivos.

O seu trabalho tem sido apresentado em inúmeras exposições individuais e colectivas, incluindo o CAV Centro de Artes Visuais, Coimbra, PT; Contretype - Centre d’art contemporain pour la Photographie, Bruxelas. Galeria Municipal do Porto, Porto, PT; Multimedia Art Museum (MAMM), Moscovo, Museu MAAT, Lisboa; Kunstraum Botschaft, Berlim, Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa; MEIAC Museu Extremeno e Iberoamericano de Arte Contemporânea, Badajoz; Fundação C/O Berlim, Berlim; MNAC Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado, Lisboa, DesignhausDarmstadt, Darmstadt, Ale; VAC-Visual Arts Center, University of Texas, Texas, EUA; Patio de la Infanta - Ibercaja, Zaragoza, Esp; Goethe-Institut / Instituto Cervantes, Estocolmo; TENT, Rotterdam, Hol; CAHO-Centro de Artes Helio Oiticica, Rio de Janeiro, BR; Museu de Arte Contemporânea Gas Natural Fenosa, La Coruña, Esp, Museu Fundación ICO, Madrid. Esp; Kunstmuseum Bonn,Ale; Akademie der Kunst, Berlim (a.o.)

da série Let's Dance, 2022
Desenho s/ fotografia
Álcool sobre impressão a jacto de tinta sobre papel Luster  
45 x 45cm (frame size)
Flashback, III, 2022
Álcool e tintas pigmentadas (impressão jacto de tinta) sobre papel Luster, 30 x 24 cm (frame size: 45 x 45 cm)
Flashback, III, 2022
Álcool e tintas pigmentadas (impressão jacto de tinta) sobre papel Luster, 30 x 24 cm (frame size: 45 x 45 cm)
Flashback, I, 2022
Álcool e tintas pigmentadas (impressão jacto de tinta) sobre papel Luster, 30 x 24 cm (frame size: 45 x 45 cm)
Flashback, II, 2022
Álcool e tintas pigmentadas (impressão jacto de tinta) sobre papel Luster, 30 x 24 cm (frame size: 45 x 45 cm)
Flashback, IV, 2022
Álcool e tintas pigmentadas (impressão jacto de tinta) sobre papel Luster, 30 x 24 cm (frame size: 45 x 45 cm)

Catarina Leitão

Catarina Leitão (Estugarda, 1970) é uma artista cuja obra é estruturada em torno do desenho, a escultura, a instalação e o livro. A artista tem exposto o seu trabalho em locais como a Galeria Carlos Carvalho, P.S.1/MoMA, Aldrich Museum, Connecticut, Socrates Sculpture Park, Wavehill, Glyndor Gallery and Grounds, Andrea Rosen Gallery, Michael Steinberg, Galeria Pedro Cera e Bronx Museum entre outros espaços. Conta com exposições individuais na colecção Berardo e no Museu Calouste Gulbenkian. Entre prémios e residências destacam-se The New York Foundation for the Arts Fellowship, 2009, Center for Book Arts, 2007, Triangle Arts, 2006, Sharpe Foundation, 2004, Lower Manhattan Cultural Council, 2003, Pollock-Krasner Foundation Grant, 2001, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Luso-Americana, 1997-1999. Leitão tem um mestrado pelo Hunter College (2000), e concluiu o curso de Pintura na FBAUL (1993).

Apontamentos/Naturfacturas, 2022
Aguarela e tinta acrílica s/papel, 28x39 cm

Apontamentos/Naturfacturas
"Esta é uma série de desenhos que se insere numa prática através da qual tenho vindo a propor a ideia de que humano e natureza, artifício e natureza, cultura e natureza existem em continuidade. Os desenhos representam anotações possíveis; constituem-se como fabulações sobre um trabalho de observação científica que funde formas, ideias e sensações que podemos extrair das dimensões do orgânico, do manufacturado, da geologia e da botânica."
Catarina Leitão

Apontamentos/Naturfacturas, 2022
Aguarela e tinta acrílica s/papel, 28x39 cm
Apontamentos/Naturfacturas, 2022
Aguarela e tinta acrílica s/papel, 28x39 cm
Apontamentos/Naturfacturas, 2022
Aguarela e tinta acrílica s/papel, 28x39 cm
Apontamentos/Naturfacturas, 2022
Aguarela e tinta acrílica s/papel, 28x39 cm
Apontamentos/Naturfacturas, 2022
Aguarela e tinta acrílica s/papel, 28x39 cm
Apontamentos/Naturfacturas, 2022
Aguarela e tinta acrílica s/papel, 28x39 cm
Apontamentos/Naturfacturas, 2022
Aguarela e tinta acrílica s/papel, 28x39 cm
Apontamentos/Naturfacturas, 2022
Aguarela e tinta acrílica s/papel, 28x39 cm

Carla Cabanas

O trabalho de Carla Cabanas (Lisboa, 1979) lida com metodologias para expandir as fronteiras definidas do médium fotográfico, ao mesmo tempo que se debruça sobre as questões da memória colectiva e cultural. A artista tem apresentado o seu trabalho em numerosas exposições individuais e de grupo, incluindo MAAT-Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, Lisboa; Museu Coleção Berardo, Lisboa; Centre D'art Contemporain, Meymac, França; Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, Ribeira Grande, Açores; Aa Collections Gallery, Vienna; Biennale de l’Image Tangible, Paris; Grimmmuseum, Berlim; Museu da Cidade, Lisboa; Fundação Eugénio de Almeida, Évora; Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa; Arquivo Municipal Fotográfico, Lisboa; 7ª Bienal São Tomé e Príncipe; Museu Nacional de Ciência e História Natural,  Lisboa; Círculo de Bellas Artes, Madrid e CCCB - Centre de Cultura Contemporània de Barcelona. O seu trabalho recebeu uma Menção Honrosa no Prémio de Fotografia Purificacion Garcia, em 2012, e o terceiro lugar do Prémio de Pintura  Ariane de Rothschild, 2005.

O seu trabalho está representado em várias colecções, das quais se destacam: National Gallery of Art Washington, DC; Fundação Luso-Americana; LPS Collection (Stanislas y Leticia Poniatowski), Colección Kells, Santander; Colecção da Fundação PLMJ, Colecção de Arte Novo Banco, Banco Privado Edmond de Rothschild, Colecção LPS; Câmara Municipal de Lisboa e outras colecções privadas.

Seres Imaginários - Ouro, 2022
Intervenção e folha de ouro (22K) sobre papel jacto de tinta
15 x 22,4 cm.

"Dando continuação às suas investigações sobre os lugares da(s) memória(s) e das imagens fotográficas, em particular dos álbuns de família que encontra ou adquire, na construção das narrativas de identidade, em Seres imaginários, Carla Cabanas usa exclusivamente e, pela primeira vez, fotografias suas e da sua família. No seguimento das metodologias que usou anteriormente, como em I don’t trust myself when I’m sleeping (2018-19) e em I don’t trust myself when I’m sleeping II (2020), uma série conceptualizada num período de residência artística em Berlim, a artista intervém nas imagens fotográficas escondendo partes e acrescentando outras para criar novas personagens e sentidos.

(...)

Na técnica Japonesa de restauro de cerâmica [...] kintsugi [...], juntam-se partes partidas de uma mesma peça com verniz natural Urushi e cobrem-se com ouro as fissuras resultantes da colagem para evidenciar as fissuras e assim valorizar as falhas e as alterações físicas dos objetos, causadas pelo tempo ou por acidentes. Nas imagens de Carla Cabanas, juntam-se elementos para criar personagens, seres e histórias. Neste caso específico, de uma imagem de uma avó, uma mãe e dois filhos / netos, somos transportados para a ideia Lacaniana de estádio do espelho, fase a partir da qual (por volta dos seis meses de idade), a relação com a mãe se modifica, bem como toda a realidade externa. A mãe passa a ser compreendida como um ser distinto, separado de si, independente e fonte de experiências boas e más. Na imagem, mãe(s) e filhos são – novamente - um só, unidos por fissuras e marcas que servem de metáfora visual para a passagem do tempo e para as memórias (re)construídas.

(...)
Através da manipulação do papel fotográfico, Carla Cabanas concentra-se no lado corpóreo das imagens, nos fragmentos dos corpos. O papel é tratado como uma pele, uma superfície sensível que regista as marcas do tempo do mesmo modo que a emulsão fotográfica regista a imagem. Por outras palavras, tal como na técnica Kintsugi, a passagem do tempo é evidenciada e elevada a um lugar de construção com um espaço e um corpo próprios.

N’ O livro dos seres imaginários, de Jorge Luis Borges, uma espécie de bestiário moderno, lemos a descrição de uma grande parte de seres estranhos construídos pela imaginação humana. Uma mistura de referências muito diversas, cada uma das criaturas resulta dos sonhos, desejos e medos da humanidade, bem como as que foram criadas por autores como Franz Kafka, Lewis Carroll, ou Gustave Flaubert. Na exposição-instalação de Carla Cabanas, a manipulação física das fotografias – com as incisões, com o ouro, com as dobras e os vincos – serve para mostrar os abismais espaços que separam uma suposta realidade objetiva da sua representação através de memórias e das imagens que construímos dessas memórias. Seres imaginários não é apenas uma reunião cuidadosa de memórias criadas pela imaginação. A exposição-instalação mostra o quanto a imaginação pode ir longe, como pode sobrepor-se aos factos e criar entidades e lugares novos que trazem um conhecimento único, com o qual jamais nos poderíamos deparar na realidade como (acreditamos que) a conhecemos."

Luísa Santos

 

Imagens © Bruno Lopes

Seres Imaginários - Ouro, 2022
Intervenção e folha de ouro (22K) sobre papel jacto de tinta
15 x 22,4 cm.
Seres Imaginários - Ouro, 2022
Intervenção e folha de ouro (22K) sobre papel jacto de tinta
15 x 22,4 cm.
Seres Imaginários - Ouro, 2022
Intervenção e folha de ouro (22K) sobre papel jacto de tinta
15 x 22,4 cm.
Seres Imaginários - Ouro, 2022
Intervenção e folha de ouro (22K) sobre papel jacto de tinta
15 x 22,4 cm.
Seres Imaginários - Ouro, 2022
Intervenção e folha de ouro (22K) sobre papel jacto de tinta
15 x 22,4 cm.
Seres Imaginários - Ouro, 2022
Intervenção e folha de ouro (22K) sobre papel jacto de tinta
15 x 22,4 cm.
Seres Imaginários - Ouro, 2022
Intervenção e folha de ouro (22K) sobre papel jacto de tinta
15 x 22,4 cm.
Seres Imaginários - Ouro, 2022
Intervenção e folha de ouro (22K) sobre papel jacto de tinta
15 x 22,4 cm.
Seres Imaginários - Ouro, 2022
Intervenção e folha de ouro (22K) sobre papel jacto de tinta
15 x 22,4 cm.

Jessica Backhaus

Jessica Backhaus nasceu em Cuxhaven, na Alemanha em 1970 e cresceu numa família artística. A artista é considerada uma das vozes mais proeminentes da fotografia contemporânea alemã de hoje. O seu trabalho foi mostrado em inúmeras exposições individuais e coletivas, incluindo as da National Portrait Gallery, Londres, da Martin-Gropius-Bau, Berlim e da Kunsthalle Erfurt. Até à data, a artista conta com oito publicaçõessobre o seu trabalho:  Jesus and the Cherries, 2005, What Still Remains, 2008, One Day in November, 2008, I Wanted to See the World, 2010, ONE DAY- 10 photographers, 2010, Once, still and forever, 2012, Six degrees of freedom, 2015 and A TRILOGY, 2017, todas publicadas pela Kehrer Verlag, Heidelberg / Berlim. O seu trabalho está apresentado no livro: Women Photographers de Boris Friedewald (Prestel Verlag 2014). As obras de Jessica Backhaus estão em várias coleções de arte de referência incluindo as da Coleção de Arte Deutsche Börse, Alemanha, da Colecção de Arte ING, Bélgica, da Coleção do Museu de Belas Artes, Houston, EUA e da Coleção Margulies, Miami, EUA.

Desenvolvida nos últimos três anos e dando continuidade às suas experiências em colagem da série Trilogy, New Horizon, a artista explora na série Cut Outs a força expressiva do movimento. Jessica Backhaus trata uma realidade pictoricamente reduzida e onde os elementos volatilizam-se em puro movimento, desencadeando uma onda de vibração presente nas sombras e cores saturadas. Para isso, organizou e encenou composições, onde o papel transparente recortado reage ao calor da luz solar intensa, que deforma e projeta sombras, para depois reportar o fenómeno. Tal como um cientista que disseca a realidade através do microscópio, a artista assiste, não intervém, dedicando-se a descrever o comportamento do papel usando a câmara fotográfica. A luz e o papel reagem como se estivessem em diálogo e encerrados num discurso e realidade próprios, distantes do mundo. Jessica Backhaus abraça definitivamente em Cut Outs um caminho para a abstração, tomando partido da colagem como uma forma de combinar cores e focando-se na plasticidade numa experiência completamente encenada. Os recortes refletem tanto um compromisso com o desenho, quanto uma inventividade que a coloca ora na encenação, usando a escultura, ora na exploração formal de elementos plásticos, que a insere na pintura ,ora no domínio do puro registo fotográfico, ou talvez num híbrido de todos estes.

Série Cut Outs, 2020
Archival Pigment Print
60 x 40 cm | 112,5 x 75 cm
Série Cut Outs, 2020
Archival Pigment Print
60 x 40 cm | 112,5 x 75 cm
Série Cut Outs, 2020
Archival Pigment Print
60 x 40 cm | 112,5 x 75 cm
Série Cut Outs, 2020
Archival Pigment Print
60 x 40 cm | 112,5 x 75 cm
Série Cut Outs, 2020
Archival Pigment Print
60 x 40 cm | 112,5 x 75 cm
Série Cut Outs, 2020
Archival Pigment Print
60 x 40 cm | 112,5 x 75 cm
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