PÚBLICO GERAL
De Quinta a Sábado: 13h00 - 20h00
Domingo: 13h00 - 19h00
09 - 12 Novembro 2023
CARLOS CARVALHO ARTE CONTEMPORÂNEA
Stand B31
O projeto Paris Photo reúne 5 artistas que enfatizam o potencial narrativo da fotografia, seja fazendo com que texto escrito interaja com a imagem ou mostrando cenários construídos, linguagens e eventos fugazes.
Com Daniel Blaufuks, Marguerite Bornhauser, Os Espacialistas + Gonçalo M. Tavares, Roland Fischer, Noé Sendas
Grand Palais Éphèmere
Paris, França
Os Espacialistas + Gonçalo M. Tavares
Os Espacialistas
Colectivo laboratorial de investigação teórica e prática das ligações entre Arte, Arquitectura e Educação. Substituem o lápis pela máquina fotográfica, enquanto dispositivo de desenho, de pensamento, de percepção e de diagnóstico do espaço natural e construído. Dos trabalhos realizados destacam-se: Exposições, instalações, assistência artística a obras de arquitectura, projectos de arquitectura, espaços cénicos, performances, colaborações literárias, ilustrações fotográficas, oficinas, seminários, publicações, etc.
Gonçalo M. Tavares
Escritor português, é autor de uma vasta obra que está ser traduzida em cerca de sessenta países. A sua linguagem em ruptura com as tradições líricas portuguesas e a subversão dos géneros literários fazem dele um dos mais inovadores escritores europeus da actualidade. Os seus livros deram origem, em diferentes países, a peças de teatro, peças radiofónicas, curtas metragens e objectos de artes plásticas, vídeos de arte, ópera, performances, projectos de arquitectura, teses académicas, etc.
Nestes trabalhos dispostos em conjunto, a figura do manequim surge como protagonista silenciosa, mas potente, dentro de uma narrativa enigmática. Estas figuras aparentemente sem vida transcendem a sua condição e evoluem para expressões que incorporam o surreal e o estranho. Nesta série, os artistas desafiam habilmente as nossas percepções da realidade e da narrativa.
Marguerite Bornhauser
Marguerite Bornhauser elabora uma forma de escrita visual marcada por cores intensas, formas gráficas e sombras expressivas que estreitam a diferença entre o real e o fictício. A artista expande os detalhes: contornos de plantas, sombras e corpos humanos em que, isolados e descontextualizados, tentam encontrar a abstração na realidade. O trabalho da artista foi mostrado na Maison Européenne de la Photographie Paris, na Paris Photo em 2019, nas ruas de Cincinnati, enquadrado no Cincinnati Art museum, em Arles durante o Festival de Fotografia, em Deauville, no Festival Planche(s) Contact, no MAP de Toulouse, entre outros. Em 2020, ganhou o prémio de Artista Emergente do Ano - Photo London x Nikon. Encontra-se a desenvolver uma residência para o The Grand Palais em Paris.
"When Black is Burned" é uma série que se situa entre a realidade e a ficção, unindo a poesia com a vida quotidiana. A artista joga com as convenções da abstração e da representação fotográfica para nos fazer imergir num mundo de chiaroscuro, ricamente colorido e povoado por sombras, fantasmas e devaneios. Este conjunto de trabalhos é composto por luz intensa e materiais, onde as sombras formam paisagens e padrões. O negro carbonizado das sombras ressoa com a vivacidade das cores e a sensualidade dos corpos. Nesta série, pela primeira vez, apresentamos fotografias de negativos retrabalhados - pintadas ou coloridas - ao lado de fotografias em prata e digitais de vários tipos.
Roland Fischer
Desde os anos 80 que Roland Fischer tem vindo a desenvolver séries de trabalho num percurso sólido e consistente que utiliza como temas principais a arquitectura e o retrato. A série “Facades” por exemplo, tenta entender a arquitetura como se fosse uma pintura modernista recorrendo aos seus princípios formais: cor, ritmo, forma, sombra, composição, padrões, para mostrar como a cultura globalizada tem um vocabulário comum e universal. Em “New Architectures” a composição é feita a partir de imagens do edifício obtidas através de vários pontos de vista colocados simultaneamente num mesmo plano bidimensional entrando no campo da abstração.
Roland Fischer vive e trabalha entre Munique e Beijing. Mostrou o seu trabalho em cerca de 120 museus e outras instituições culturais como o Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, a Pinakothek der Moderne em Munique, Centro Galego de Arte Contemporáneo (CGAC) em Santiago de Compostela, The Photographers’ Gallery em Londres, Bayerische Staatsgemäldesammlungen em Munique, Museo Casal Solleric em Palma de Maiorca, Centre Culturel la Maison Rouge em Paris; Institute d’Art Contemporain em Lyon, Fonds National d’Art Contemporain em Paris (FNAC), Museu de Arte Arquitectura e Tecnologia (MAAT) em Lisboa, Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, Musée d’Art Moderne et Contemporain em Estrasburgo ou o Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y Leon (MUSAC). O seu trabalho está representado em grandes colecções públicas e privadas.
A nova série “Lugares Transhistóricos” de Roland Fischer começou em 2018 e é composta por "trabalhos fotográficos, figuras geométricas, como círculos coloridos, esferas, elementos retangulares e outras formações, estão em pé de igualdade com detalhes fotográficos de edifícios brutalistas. Estas últimas sobrepõem-se em parte às superfícies coloridas e marcantes, resultando em construções espaciais completamente novas. Todas as séries de Roland Fischer que se preocupam com a arquitetura modernista e contemporânea têm uma coisa em comum: não procuram retratar os edifícios, mas primam pela “criação autónoma de imagens”. Estas invenções emocionantes emergem da reunião de peças reais e fictícias num híbrido entre “pintura” e fotografia.”
Ute Bopp-Schumacher
Daniel Blaufuks
Daniel Blaufuks utiliza no seu trabalho a fotografia e o vídeo, apresentando o resultado através de livros, instalações e filmes. Os seus temas de predilecção são a ligação entre o tempo e o espaço e a representação da memória privada e pública. O artista apresentou o seu trabalho em Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Itália, México, EUA e Brasil. Está representado em diversas colecções como a Byrd Hoffman Foundation, Nova Iorque, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Centro Galego de Arte Contemporânea, Santiago de Compostela, Novo Banco Photo, Lisboa, MEIAC, Badajoz, Berardo Collection, Lisboa, Palazzo delle Papesse, Siena, Sagamore Art, Miami, The Progressive Collection, Ohio. Entre vários prémios recebidos, o artistas foi nomeado para o Deutsche Börse Photography Prize (2007, 2015), finalista para o Prémio Pilar Citoller Award, 2007 e o European Photography Award, 1996. Em 2007 ganhou o BES Photo Award, em 1990 o Kodak National Award e em 2016 o prémio AICA - Associação Internacional de Críticos de Arte.
As três obras de Daniel Blaufuks da série Suite Veneziana, mostram como, para o artista, a experiência individual é um meio de transmitir histórias, reais ou fictícias, como se o autor estivesse a criar um texto dentro de um livro.
Noé Sendas
Noé Sendas (n. 1972, Bruxelas), vive e trabalha em Berlim, Madrid e Lisboa. Sendas começou a apresentar seu trabalho no final dos anos noventa. Referências explícitas e implícitas a artistas e criações literárias, cinematográficas ou musicais fazem parte da sua matéria-prima. Preocupações específicas sobre a reflexão e a prática das artes visuais também podem ser agregadas ao seu repertório. São elas: o corpo, como entidade simultaneamente teórica e material; os mecanismos de percepção do observador; ou o potencial discursivo dos métodos expositivos.
O seu trabalho tem sido apresentado em inúmeras exposições individuais e colectivas, incluindo o CAV Centro de Artes Visuais, Coimbra, PT; Contretype - Centre d’art contemporain pour la Photographie, Bruxelas. Galeria Municipal do Porto, Porto, PT; Multimedia Art Museum (MAMM), Moscovo, Museu MAAT, Lisboa; Kunstraum Botschaft, Berlim, Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa; MEIAC Museu Extremeno e Iberoamericano de Arte Contemporânea, Badajoz; Fundação C/O Berlim, Berlim; MNAC Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado, Lisboa, DesignhausDarmstadt, Darmstadt, Ale; VAC-Visual Arts Center, University of Texas, Texas, EUA; Patio de la Infanta - Ibercaja, Zaragoza, Esp; Goethe-Institut / Instituto Cervantes, Estocolmo; TENT, Rotterdam, Hol; CAHO-Centro de Artes Helio Oiticica, Rio de Janeiro, BR; Museu de Arte Contemporânea Gas Natural Fenosa, La Coruña, Esp, Museu Fundación ICO, Madrid. Esp; Kunstmuseum Bonn,Ale; Akademie der Kunst, Berlim (a.o.). A sua obra está representada em várias colecções públicas e privadas na América do Norte e do Sul e na Europa, tais como Colecção Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Coleção Fundação EDP, Lisboa; Contretype Centre d`Art Contemporain pour la Photographie Collection, Bruxelas; Coleção Fundação CAV, Coimbra, PT; Colecção de Arte Caixa Geral de Depósitos, Lisboa; Museu Acervo MEIAC, Badajoz, SP; MAR - Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil; Coleção de Arte NOVO BANCO, Lisboa; Coleção DGARTES Instituto das Artes, PT, entre outras.
Na série “Desconocidas”, Noé Sendas resgata e transforma imagens de modelos femininas da década de 1940, originalmente captadas por fotógrafos anónimos. Através do seu trabalho, cria uma experiência visual de narrativa que funde a fotografia e a escultura.