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A Carlos Carvalho Arte Contemporânea tem o prazer de apresentar a primeira exposição individual da artista Marguerite Bornhauser em Portugal, que será composta pelas obras de fotografia que mais visibilidade têm dado à artista, bem como Do Ghosts Have Shadows, uma nova série em co-autoria com a escultora Léa Dumayet. Também Moisson RougeWhen Black is BurnedÉtoile Retine fazem parte da configuração expositiva que, não sendo organizada por núcleos diferenciados, tiram partido da dimensão escultórica das fotografias em diálogo com o espaço, numa dinâmica de associações livres que nos contam uma história a partir de histórias. Também Le Bruit des Cactus inteiramente instalado na sala lateral joga com a longitudinalidade e fundo cinzento da sala e com a montagem irregular e o posicionamento das imagens no espaço da obra, remetendo-nos para a ideia de uma partitura musical. Num registo intimista e pormenorizado inscreve-se na ideia de deambulação enquanto prática da fotografia e da viagem. Cruzando o percurso com a musicalidade da paisagem Californiana, captura fragmentos e instantâneos do quotidiano, conteúdos sensoriais que são aquilo que resulta da experiência com o mundo e nós mesmos onde o encontro poético se cumpre com a alusão a um poema de Rimbaud explicitando essa relação entre o caminhar e a fotografia.

Sem título, (Étoile Rétine), 2021-2022
Impressão Fine Art
Ed. 5, 60 x 40 cm
Ed. 2, 150 x 100 cm
Marguerite Bornhauser + Léa Dumayet
Do Ghosts Have Shadows?, 2022
Plexiglass, metal e cordão elástico
Ed. única, medidas variáveis
Marguerite Bornhauser + Léa Dumayet
Do Ghosts Have Shadows?, 2022
Plexiglass, metal e cordão elástico
Ed. única, medidas variáveis

Em comum aos trabalhos das outras séries, está uma forma de escrita visual que estreita a diferença entre o real e o ficcional, narrando uma ação que ocorre fora dos limites da imagem, e que, por isso, fica vedada ao espectador. Este acontecimento vai sendo rmostrado aos poucos através de um jogo de revelação e ocultação dado pelas misteriosas sombras, luzes, texturas ou elementos como contornos de plantas ou sombras profundas que, aumentando a tensão na composição, sugerem uma ficção capturada e tematizada na fotografia. A artista envolve o espectador numa exploração complexa da percepção sensorial através do reconhecimento de formas, dos contornos ou da simples apreciação de diferentes texturas, permitindo-lhes experimentar a realidade apenas através das sensações. Reinventando objetos do quotidiano e dando-lhes um sentido pictórico e ficcional, enfatiza e aumenta um poderoso espectro de tons e matizes, onde cores vivas e saturadas, composição precisa e fascínio evocativo, onde cada elemento carrega igual importância.

Léa Dumayet e Marguerite Bornhauser mostram cinco novas peças feitas em colaboração: Do Ghosts Have Shadows?. As fotografias de Marguerite Bornhauser são impressas em placas transparentes de plexiglass; Léa Dumayet arqueia-as e tensiona-as no espaço até ao limite. Desta vez, Marguerite Bornhauser propõe-se mostrar novos trabalhos de imagem em negativo nas quais ela pinta digitalmente. Encontramos aqui uma procura pela poesia na escuridão e no claro-escuro, que vem de sua última série When Black is Burned. Esta série de esculturas fotográficas permite-nos imaginar e ver melhor mundos escondidos na escuridão, num universo fantasmagórico. O nosso olhar é atraído pela luz que brota desta escuridão que faz sobressair as cores, os brilhos e os matizes. Por sua vez, a escultora Léa Dumayet utiliza pesos de ferro fundido, placas de plexiglass e tensores elásticos. Com alguns gestos simples unem os objetos para criar desenhos leves como se voassem no ar. As formas arredondadas destas esculturas conferem-lhes um lado macio, embora estejam no limiar de rebentar. Sentimos a fragilidade e a força. Os nós e ganchos visíveis dizem parcialmente como a estrutura se sustenta, não revelando tudo o que parece. Desde 2017, data da sua primeira exposição em duo Vu du pont no Espace Ourcq em Paris, Léa Dumayet e Marguerite Bornhauser continuam a criar instalações que combinam escultura e fotografia. A série Chimera foi apresentada em vários locais em 2021 e em 2022: Galerie Beaurepaire, Galerie Madé, Centre d’Art Le Grand Café em Saint-Nazaire e no apartamento da associação Fértil em Paris.

 

Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
Ed. 5, 60 x 40 cm
Ed. 1, 120 x 80 cm
Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
Ed. 5, 60 x 40 cm
Ed. 1, 120 x 80 cm
Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
Ed. 5, 60 x 40 cm
Ed. 1, 120 x 80 cm
Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
Ed. 5, 60 x 40 cm
Ed. 1, 120 x 80 cm
Sem título (When Black is Burned), 2021
Impressão Fujiflex montada em dibond 2mm,
Ed. 5, 60 x 40 cm
Ed. 1, 120 x 80 cm
Sem título, (Étoile Rétine), 2021-2022
Impressão Fine Art
Ed. 5, 60 x 40 cm
Ed. 2, 150 x 100 cm
Sem título, (Étoile Rétine), 2021-2022
Impressão Fine Art
Ed. 5, 60 x 40 cm
Ed. 2, 150 x 100 cm
Sem título, (Étoile Rétine), 2021-2022
Impressão Fine Art
Ed. 5, 60 x 40 cm
Ed. 2, 150 x 100 cm
Sem título, (Étoile Rétine), 2021-2022
Impressão Fine Art
Ed. 5, 60 x 40 cm
Ed. 2, 150 x 100 cm
Sem título, (Étoile Rétine), 2021-2022
Impressão Fine Art
Ed. 5, 60 x 40 cm
Ed. 2, 150 x 100 cm
Sem título (Moisson Rouge), 2019
Impressão Cibachrome montada em alumínio anodizado de 1mm
Ed. 5, 100 x 70 cm

Marguerite Bornhauser nasceu em 1989 e vive e trabalha em Paris. O seu trabalho foi mostrado em várias instituições e festivais em diferentes países como França (Paris, Arles, Toulouse, Deauville), Estados Unidos (Cincinnati), Reino Unido (Londres), Bélgica (Bruxelas), Portugal, Istanbul, Suíça e Japão. A sua primeira individual teve lugar na Maison Européenne de la Photographie (MEP). Marguerite Bornhauser acrescenta trabalho editorial à sua pesquisa fotográfica. O primeiro livro autopublicado, Plastic Colors, foi selecionado entre os finalistas da primeira edição do prémio de livros Mack em 2015 e publicado em 2017. O livro "8" foi publicado pela Poursuite em 2018. Em 2019 publicou Red Harvest com o mesmo editor e em 2021 publicou o quarto livro com as Edições La Martinière. Em 2020 recebeu o prémio Photo London x Nikon Emerging Photographer of the Year.

Léa Dumayet nasceu em 1990 e vive e trabalha entre Paris e Milão. O seu trabalho já foi exposto em várias exposições, principalmente em Paris: Galerie du CROUS (2015), Galerie Perrotin para AIDES (2016), Galerie Un-spaced (2017), Bertrand Grimont Gallery (2017), Espace Arondit (2018), La Forest Divonne Gallery (2018), Chloé Salgado Gallery (2019), Villa Belleville (2019), Laure Roynette Gallery (2019), Chez Valentin Gallery (2021), Gallery Sound (2021 ) mas também no Reino Unido no Guest Project Space, Londres (2018), nos Estados Unidos, Jefferson Market Library, Nova Iorque (2018), Grécia no Aegina Museum (2015) e Milão, The Open Box (2021). Participou em diversas exposições coletivas no Centre d'Art Contemporain de Saint-Restitut (2016), Caillebotte Property in Yerres (2016), na La Maison des Arts de Bages (2019), no Museu de Issy-les-Moulineaux (2017), ou no CRAC Champigny (2018) ou no Center d'Art Contemporain Tignous, em Montreuil (2021). Em 2022, o Grand Café de Saint-Nazaire, Art Center of National Interest, convidou a artista e Marguerite Bornhauser a expor uma série de esculturas-fotografia "Chimera" criadas em colaboração. Em 2021 foi a finalista da 10º edição do "Contemporary Talents" pela Fundação de Francois Schneider. 

Sem título (Moisson Rouge), 2019
Impressão Cibachrome montada em alumínio anodizado de 1mm
Ed. 5, 100 x 70 cm
Sem título, (Moisson Rouge), 2019
Impressão sobre papel hahnemühle ultra smooth 305
Ed. 5, 45 x 30 cm
Sem título, (Moisson Rouge), 2019
Impressão sobre papel hahnemühle ultra smooth 305
Ed. 5, 45 x 30 cm
Sem título (Moisson Rouge), 2019
Impressão Cibachrome montada em alumínio anodizado de 1mm
Ed. 5, 100 x 70 cm
Sem título (Moisson Rouge), 2019
Impressão Cibachrome montada em alumínio anodizado de 1mm
Ed. 5, 100 x 70 cm
Sem título, (Moisson Rouge), 2019
Impressão sobre papel hahnemühle ultra smooth 305
Ed. 5, 45 x 30 cm
Sem título, (Moisson Rouge), 2019
Impressão sobre papel hahnemühle ultra smooth 305
Ed. 5, 45 x 30 cm
Sem título, (Moisson Rouge), 2019
Impressão sobre papel hahnemühle ultra smooth 305
Ed. 5, 45 x 30 cm
Sem título (Moisson Rouge), 2019
Impressão Cibachrome montada em alumínio anodizado de 1mm
Ed. 5, 100 x 70 cm
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