José Bechara trabalha sobre um amplo campo de pesquisa sobre o espaço, volumetria, superfície, composição mostrando o resultado através de séries de trabalho recorrendo à pintura, desenho, escultura, fotografia e instalação. O artista reutiliza muitas vezes lonas de camião, manipula óxidos de carbono, cobre e aço para produzir dípticos, trípticos ou polípticos com diferentes intensidades explorando cores, linhas e padrões.
O artista mostrou os seus trabalhos em exposições individuais e colectivas em várias instituições tais como: Fundação Eva Klabin, Brasil, Culturgest, Portugal, MEIAC, Espanha, Instituto Valenciano de Arte Moderna, Espanha, MAM Rio de Janeiro, Brasil, Instituto Tomie Ohtake, Brasil, Ludwig Museum, Alemanha, Haus der Kulturen der Welt, Alemanha, Ludwig Forum Fur Intl Kunst, Alemanha, e Fundação Calouste Gulbenkian, Portugal, entre outros. Está representado em diversas colecções como MAM RJ, Colecção Gilberto Chateaubriand, Brasil, Centre Pompidou, França, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil ou o Ludwig Museum (Koblenz), Alemanha.
José Bechara cultiva gestos, materiais e processos intensos e fortes. O contato com seu trabalho sugere conflito, tensão e, quando há equilíbrio, é sempre precário, bordejando a crise e a destruição. Mesmo seus desenhos e esculturas de pequena escala têm uma fatura energética, um acúmulo de grafismos rápidos e expressivos, superfícies marcadas por oxidações entre outros sinais indicativos de potência e franco desenvolvimento de um processo além do que se pode ver. Agnaldo Farias